Sínodo na Diocese
Para esta preparação e celebração do Sínodo, o Papa, através do Secretariado Geral para o Sínodo(www.synod.va), elaborou um documento preparatório e um
vademecum onde estão as questões fundamentais a que toda a Igreja é chamada a responder. É um dinamismo, sobretudo de escuta, um caminhar juntos.
Na nossa diocese, a Equipa para a Consulta Sinodal, nomeada pelo Senhor Bispo,
envia-vos o documento de trabalho com as questões que nos são colocadas.
As respostas surgirão da escuta e partilha dos movimentos com presença na diocese do Funchal e podem ser dadas através deste endereço eletrónico ou pelo preenchimento do seguinte google forms:
https://forms.gle/viHMpefNmpKRcNeS7
igrejasinodalfunchal@gmail.com
Agradecendo desde já todo o vosso empenho e colaboração, subscrevemo-nos com elevada estima e consideração.
Pela Equipa Diocesana
Cónego Manuel Ramos
Consulta sinodal na Diocese do Funchal
A celebração da XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos irá acontecer em outubro de 2023 sob o tema: "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão". O Papa Francisco convoca todas as dioceses do mundo a participar activamente na preparação e celebração deste Sínodo. O Vaticano determina que cada Bispo nomeie um responsável ou uma equipa diocesana para a consulta sinodal. A abertura do percurso do Sínodo acontece em Roma, sob a presidência do Papa nos dias 09 e 10 de outubro, e em cada diocese a 17 de outubro, sob a presidência do bispo diocesano.
A primeira fase consultiva dá-se a partir dum documento preparatório e um vademecum com propostas de consulta em cada diocese (www.synod.va). O período da escuta e consulta ao Povo de Deus nas Igrejas particulares decorrerá de outubro de 2021 a abril de 2022.
A Comissão, nomeada pelo Bispo do Funchal, para acompanhamento dos trabalhos do Sínodo dos Bispos e do programa pastoral diocesano, lança às estruturas de comunhão diocesanas, aos arciprestes, párocos, secretariados diocesanos, movimentos laicais, consagrados, instituições e a todos os cristãos e não crentes presentes na diocese, o seguinte instrumento de trabalho para responder às questões e serem enviadas à Comissão até ao fim de fevereiro de 2022, através do e-mail da Comissão (igrejasinodalfunchal@gmail.com).
Também foi criado um formulário na Google Forms, a que podem aceder através do seguinte link: https://forms.gle/B8irzSU3KfkeJzfn8 Convocando um sínodo sobre a temática da sinodalidade, o Papa Francisco convida a refletir sobre um processo que é decisivo para a vida da Igreja e da sua missão. A palavra «sínodo» significa «caminhar em conjunto». Ela designa na Escritura a maneira como o povo de Deus, iluminado pelo Espírito Santo, caminha como comunidade unida, pela oração e pela ação, para descobrir a vontade de Deus no concreto da sua vida e na atenção aos sinais da sua Palavra na História. O processo sinodal é também um caminhar com Jesus porque Ele mesmo é o caminho. Aliás, os primeiros cristãos compreenderam a sua missão, originalmente, como aqueles que seguem «o Caminho» (cf Act 9,2). Todo o povo de Deus tem uma igual dignidade através do batismo. Todos somos chamados a participar ativamente na vida da Igreja. A comunhão com Cristo e entre nós leva-nos a uma participação empenhada na vida da Igreja em ordem à missão e ao testemunho do Evangelho. Assim, a sinodalidade faz parte integrante da natureza da Igreja. O processo de escuta mútua, de conversão e de comunhão que leva a esta participação na vida e na missão da Igreja resulta do sentido da fé de todos os cristãos (sensus fidei) e é entendido como um processo espiritual, enraizado na oração comum, na Palavra e na celebração da Eucaristia.
O processo sinodal quer responder à questãoComo deve este caminhar conjunto ter lugar hoje aos mais diferentes níveis (desde o local ao universal), para permitir que a Igreja proclame o Evangelho?
Que passos o Espírito Santo convida-nos a dar para crescer como uma Igreja sinodal?
Para responder a esta questão, convidamo-vos também a questionar-vos:
1. Que experiências da vossa Igreja particular esta interrogação fundamental vos traz à mente?
2. Que alegrias proporcionaram? Que dificuldades e obstáculos encontraram? Que feridas fizeram emergir? Que intuições suscitaram?
3. Onde, nestas experiências, ressoa a voz do Espírito? O que é que ela nos pede? Quais são os pontos a confirmar, as perspetivas de mudança, os passos a dar? Onde alcançamos um consenso? Que caminhos se abrem para a nossa Igreja particular? O coração da experiência sinodal é a escuta do que Deus nos diz através da escuta uns dos outros. Através desta escuta mútua e do discernimento que ela supõe, somos capazes de perceber o que o Espírito quer de nós no mundo de hoje, no meio concreto onde vivemos em ordem à participação na missão que recebemos como testemunhas de Jesus Cristo. Assim, se a escuta é o método do processo sinodal, o discernimento é objetivo e a participação é o caminho.
Para facilitar este trabalho de escuta e de discernimento seguem-se estes núcleos de reflexão retirados do documento preparatório do Sínodo:
I. OS COMPANHEIROS DE VIAGEM
Na Igreja e na sociedade, estamos no mesmo caminho, lado a lado. Na vossa Igreja local, quem são aqueles que "caminham juntos"? Quando dizemos "a nossa Igreja", quem é que faz parte dela? Quem nos pede para caminhar juntos? Quem são os companheiros de viagem, inclusive fora do perímetro eclesial? Que pessoas ou grupos são, expressa ou efetivamente, deixados à margem?
II. OUVIR
A escuta é o primeiro passo, mas requer que a mente e o coração estejam abertos, sem preconceitos. Com quem está a nossa Igreja particular "em dívida de escuta"? Como são ouvidos os Leigos, de modo particular os jovens e as mulheres? Como integramos a contribuição de Consagradas e Consagrados? Que espaço ocupa a voz das minorias, dos descartados e dos excluídos? Conseguimos identificar preconceitos e estereótipos que impedem a nossa escuta? Como ouvimos o contexto social e cultural em que vivemos?
III. TOMAR A PALAVRA
Todos estão convidados a falar com coragem e parrésia, ou seja, integrando liberdade, verdade e caridade. Como promovemos, no seio da comunidade e dos seus organismos, um estilo comunicativo livre e autêntico, sem ambiguidades e oportunismos? E em relação à sociedade de que fazemos parte? Quando e como conseguimos dizer o que é deveras importante para nós?
Como funciona a relação com o sistema dos meios de comunicação social (não só católicos)? Quem fala em nome da comunidade cristã e como é escolhido?
IV. CELEBRAR
"Caminhar juntos" só é possível se nos basearmos na escuta comunitária da Palavra e na celebração da Eucaristia. De que forma a oração e a celebração litúrgica inspiram e orientam efetivamente o nosso "caminhar juntos"? Como inspiram as decisões mais importantes? Como promovemos a participação ativa de todos os fiéis na liturgia e o exercício da função de santificar? Que espaço é reservado ao exercício dos ministérios do leitorado e do acolitado?
V. CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO
A sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar. Dado que somos todos discípulos missionários, de que maneira cada um dos Batizados é convocado para ser protagonista da missão? Como é que a comunidade apoia os seus membros comprometidos num serviço na sociedade (na responsabilidade social e política na investigação científica e no ensino, na promoção da justiça social, na salvaguarda dos direitos humanos e no cuidado da Casa comum, etc.)? Como os ajuda a viver estes compromissos, numa lógica de missão? Como se verifica o discernimento a respeito das escolhas relativas à missão e quem participa? Como foram integradas e adaptadas as diferentes tradições em matéria de estilo sinodal, que constituem a herança de muitas Igrejas, especialmente as orientais, em vista de um testemunho cristão eficaz? Como funciona a colaboração nos territórios onde estão presentes diferentes Igrejas sui iuris?
VI. DIALOGAR NA IGREJA E NA SOCIEDADE
O diálogo é um caminho de perseverança, que inclui também silêncios e sofrimentos, mas é capaz de recolher a experiência das pessoas e dos povos. Quais são os lugares e as modalidades de diálogo no seio da nossa Igreja particular? Como são enfrentadas as divergências de visão, os conflitos, as dificuldades? Como promovemos a colaboração com as Dioceses vizinhas, com e entre as comunidades religiosas no território, com e entre associações e movimentos laicais, etc.? Que experiências de diálogo e de compromisso partilhado promovemos com crentes de outras religiões e com quem não crê?
Como é que a Igreja dialoga e aprende com outras instâncias da sociedade: o mundo da política, da economia, da cultura, a sociedade civil, os pobres...?
VII. COM AS OUTRAS CONFISSÕES CRISTÃS
O diálogo entre cristãos de diferentes confissões, unidos por um único Batismo, ocupa um lugar particular no caminho sinodal. Que relacionamentos mantemos com os irmãos e as irmãs das outras Confissões cristãs? A que âmbitos se referem? Que frutos colhemos deste "caminhar juntos"? Quais são as dificuldades?
VIII. AUTORIDADE E PARTICIPAÇÃO
Uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável. Como se identificam os objetivos a perseguir, o caminho para os alcançar e os passos a dar? Como se exerce a autoridade no seio da nossa Igreja particular? Quais são as práticas de trabalho em grupo e de corresponsabilidade? Como se promovem os ministérios laicais e a assunção de responsabilidade por parte dos Fiéis? Como funcionam os organismos de sinodalidade a nível da Igreja particular? São uma experiência fecunda?
IX. DISCERNIR E DECIDIR
Num estilo sinodal, decide-se por discernimento, com base num consenso que dimana da obediência comum ao Espírito. Com que procedimentos e com que métodos discernimos em conjunto e tomamos decisões? Como podem eles ser melhorados? Como promovemos a participação na tomada de decisões, no seio de comunidades hierarquicamente estruturadas? Como articulamos a fase consultiva com a deliberativa, o processo do decision-making com o momento do decision-taking? De que maneira e com que instrumentos promovemos a transparência e a accountability?
X. FORMAR-SE NA SINODALIDADE
A espiritualidade do caminhar juntos é chamada a tornar-se princípio educativo para a formação da pessoa humana e do cristão, das famílias e das comunidades. Como formamos as pessoas, de maneira particular aquelas que desempenham funções de responsabilidade no seio da comunidade cristã, a fim de as tornar mais capazes de "caminhar juntas", de se ouvir mutuamente e de dialogar? Que formação oferecemos para o discernimento e o exercício da autoridade? Que instrumentos nos ajudam a interpretar as dinâmicas da cultura em que estamos inseridos e o seu impacto no nosso estilo de Igreja?
Pela Equipa Diocesana
Cón. Manuel Ramos
Documentos para descarregar sobre o Sínodo:
Comissão para acompanhamento dos trabalhos do
Sínodo na Diocese
COMISSÃO PARA ACOMPANHAMENTO DOS TRABALHOS DO SÍNODO DOS BISPSO E DO PROGRAMA PASTORAL DIOCESANO
Por decisão do Papa Francisco, o próximo Sínodo dos Bispos, que terá como tema "Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão", será celebrado em toda a Igreja universal e irá envolver o maior número possível de contributos de todas as dioceses do mundo. Para que tal aconteça, o Santo Padre determinou que em cada diocese fosse constituída uma Comissão que pusesse em marcha, animasse e recolhesse os contributos das diversas comunidades cristãs.
Integrada neste dinamismo, também a diocese do Funchal assumiu a "sinodalidade" como tema central do programa do ano pastoral 2021-2022.
Deste modo, com vista a dinamizar o processo de consulta eclesial para o próximo Sínodo dos Bispos, e a coordenar o processo pastoral do corrente ano, HEI POR BEM nomear a seguinte Comissão para coordenar, promover e incentivar as diferentes iniciativas pastorais respeitantes ao Sínodo dos Bispos e à concretização das iniciativas decorrentes do programa elaborado para o presente ano pastoral:
Cónego Manuel Gonçalves dos Ramos (Coordenador)
Cónego Vítor dos Reis Franco Gomes
Irmã Daniela de Sousa da Encarnação, FNSV
José Manuel Nóbrega Ferreira Freitas
Fátima Maria Mendes Freitas
Gerardo Patrício Teixeira Freitas
Sílvia Cristina Castro Fernandes de Abreu
Funchal, 13 de Setembro de 2021
+ Nuno, Bispo do Funchal
ORAÇÃO
Eis-nos aqui, diante de Vós, Espírito Santo!
Eis-nos aqui, reunidos em vosso nome!
Só a Vós temos por Guia: vinde a nós, ficai connosco, e dignai-vos habitar em nossos corações.
Ensinai-nos o rumo a seguir e como caminhar juntos até à meta. Nós somos débeis e pecadores: não permitais que sejamos causadores da desordem; que a ignorância não nos desvie do caminho, nem as simpatias humanas ou o preconceito nos tornem parciais.
Que sejamos um em Vós, caminhando juntos para a vida eterna, sem jamais nos afastarmos da verdade e da justiça.
Nós vo-lo pedimos a Vós, que agis sempre em toda a parte, em comunhão com o Pai e o Filho, pelos séculos dos séculos. Ámen.